A Fundação Cesgranrio
Vamos direto ao ponto: a didática usada pela banca, da então organizadora Cesgranrio, foca na separação da prova por matérias, com questões de múltipla escolha, tendo cinco alternativas, mas apenas uma sendo a correta. Além das questões serem elaboradas de forma mediana em grau de dificuldade, elas podem até serem fáceis, pois possuem muitos gráficos e imagens.
A banca organizadora da Cesgranrio costuma colocar questões semelhantes de concursos anteriores, por isto, é bom estudar por provas de concursos públicos que a banca já produziu em seleções anteriores.
Analisando o perfil desta banca, ele é bem parecido com o da “FCC” em abordagens de questões. Elas são questões diretas que exploram 100% do edital, tornando desta maneira, difícil à previsão dos tópicos que são cobrados nas provas.
Os enunciados nas questões, geralmente cobram textos extraídos de revistas e jornais, contendo questões longas que exigem atenção e memorização por parte do candidato, não é incomum a banca colocar um texto bem grande e fazer todas ou quase todas as questões de uma determinada disciplina em cima desse texto.
Banca criteriosa
A banca tem a fama de ser bastante criteriosa em relação à seleção das questões em temas cobrados e costuma distribuir proporcionalmente suas questões por todos os itens do edital, exigindo desta forma que o candidato estude de maneira mais ampla.
Suas provas podem ser bastante cansativas para quem é iniciante ou não gosta muito de ler, por isso o candidato precisa treinar sua habilidade em leitura, pois quando o candidato treina muito o estilo de uma determinada banca, ele consegue gerar uma automação mental e se adapta completamente a maneira como a banca cobra esta habilidade nas provas.
Assuntos Cobrados
Vejamos os assuntos exigidos pela banca no último concurso em forma proporcional de 03(três) principais matérias.
Língua Portuguesa
Interpretação de textos – significação contextual de palavras e expressões foi abordada em 14 questões, representando 53,9% do total.
Morfossintaxe (03 perguntas – 11,5%), pontuação (2 – 7,8%), reescrita de frase – redação (2 – 7,8%), pronome pessoal e regência (1 – 3,8%), coesão e coerência – pronomes (1 – 3,8%), flexão verbal (1 – 3,8%), período composto (1 – 3,8%) e grafia/acentuação (1 – 3,8%).
Raciocínio lógico-matemático
Porcentagem (4 questões – 20%), estatística (2 – 10%), matemática financeira – empréstimo (2 – 10%), matemática financeira – juros (2 – 10%), probabilidade (1 – 5%) e matemática financeira – taxa (1 – 5%).
Conhecimentos bancários
Conselho Monetário Nacional – CMN (3 questões – 10%), garantias (3 – 10%), Sistema Financeiro Nacional – SFN (2 – 6,7%), taxa SELIC (2 – 6,7%), crime de lavagem de dinheiro (2 – 6,7%), crédito rural (2 – 6,7%), ações (2 – 6,7%), PGBL e VGBL (1 – 3,3%), títulos de capitalização (1 – 3,3%), seguros (1 – 3,3%), Comissão de Valores Imobiliários – CVM (1 – 3,3%), Fundo Garantidor de Créditos – FGC (1 – 3,3%), BNDES (1 – 3,3%), consolidação bancária (1 – 3,3%), câmaras de compensação (1 – 3,3%) e crédito direito ao consumidor (1 – 3,3%).
Informação
“Os critérios adotados por banca examinadora de concurso não podem ser revistos pelo Poder Judiciário.” Esta tese de repercussão geral foi fixada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, em sessão nesta quinta-feira (23), no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 632853. Por maioria de votos, os ministros reafirmaram jurisprudência do Tribunal e assentaram que, apenas em casos de flagrante ilegalidade ou inconstitucionalidade, a Justiça poderá ingressar no mérito administrativo para rever critérios de correção e de avaliação impostos pela banca examinadora. “Esta decisão terá efeito em pelo menos 196 processos sobrestados em tribunais de todo o país que discutem o mesmo tema”.
Fonte: Cesgranrio, Banco do Brasil, Globo.com.